domingo, 18 de maio de 2008

Podcasting

Saudações galera do Outrock!

Hoje trazemos nosso primeiro Podcast! Nele, mostramos um pouco do som de duas bandas que fazem seu som independente por aí! A primeira, banda carioca Opallas e a segunda a banda paulistana Ventura! Além disso, batemos um papo irado com o guitarrista da maior banda de rock independente do Brasil! Curiosos para saber quem é o "tal guitarrista"? Confira nosso podcast!

Mas, para deixar vocês curiosos e com aquela vontade de escutar, adiantamos alguns assuntos!

Na conversa, ele nos fala um pouco da sua banda que já tá na estrada há 22 anos, além de dar aquele toque na galera que quer trilhar pelo caminho da independência.

O que é ser uma banda independente? É possível seguir esse caminho? Quais as dicas? Essas são alguma das perguntas! Confira nosso podcast e ouça as sábias palavras de quem tem chão!


Bruna Rossifini e Thiago Fernandes

terça-feira, 13 de maio de 2008

After Midnight

A banda cubatense - After Midnight - surgiu no início de 2005 quando, alguns dos atuais integrantes, se reuniam nas ruas do bairro do Casqueiro para fazer um som tanto quanto inusitado. Tudo aquilo que produzia algum tipo de sonoridade era considerado instrumento! Além do violão, capinha de CD, canetas e outros utensílios faziam parte da “banda”. O som que produziam era bem parecido com o punk rock e, na brincadeira, começaram a surgir as primeiras músicas. As histórias, os cachorros que passavam na rua, mendigos, e as bobagens ditas, acabavam por entrar nas letras.

A galera curtia, dava risada... Afinal, era pura palhaçada!
Não é em todo lugar que se escutava um bom som, seguido de letras engraçadas e de paródias bem feitas.

Depois de muita ‘zoeira’, resolveram levar a brincadeira a sério. Formaram a banda. Logo no meio de 2005 fizeram dois shows. O primeiro, um sucesso! O segundo... uma tragédia. Resultado? Deram um tempo.

Início de 2006. A banda se reestruturou, entraram novos integrantes e seguiram na luta. Como alguns dos músicos faziam teatro ou trabalhavam com arte, resolveram unir o útil ao agradável e, principalmente, ousar pelo novo: criaram uma nova forma de rock, uma mistura de todas as artes numa coisa só.

O lance da mudança surgiu porque, essa nova maneira de fazer música, agradava a todos. Resultou em uma identidade sonora para a banda. Assim, dão uma maior ênfase nas letras e, quem escuta, para pra refletir! E, no instrumental, a miscelênea é uma marca registrada!

"Talvez fôssemos uma brincadeira, um disfarce!
Como todo prelúdio era pobre e assustador.
A busca por diversão, os corações inquietos e ainda inocentes.

E num piscar de olhos nos tornamos o que somos: nada.
Talvez sejamos um brilho de esperança ingênua,
ou um retrato puro da estagnação cultural.
Caminhamos a esmo, sob o sol de um Brasil sem dono,
na Baixada Santista, onde nada acontece.
A cada show encerrado nossa dor, entre a crítica
pura e a banalidade delirante.
Alimentando o ódio de quem ama o novo
e de quem ama o velho.
Fazendo agonizar quem não aceita o
transitório, quem não aceita a tentativa de arte
ou de revolução nem a reafirmação do
que e tradicionalmente original.
Longe do automatismo da musica POP,
distante da pretensão demasiada
da musica 'Cult', alcançando limites e abrindo horizontes,
inteiro e incompleto, absurdo e óbvio...
Se tudo por ilusão, que não seja em vão...
O julgamento é todo seu!" After Midnight

O show é uma verdadeira apresentação artística. É uma peça teatral com começo, meio e fim. Além do mais, eles mantêm uma proposta cultural que atinge todas as faixas etárias.

Após a mudança de estilo, a banda se firmou e começaram a tocar novamente. Em Cubatão, dividiram o palco com Dance of Days e, em São Paulo, com Cueio Limão. No final de 2006 gravaram a primeira demo e não pararam mais. Atualmente, contam com 7 músicas gravadas. Nos shows, diferentes das outras bandas independentes, só tocam músicas próprias.

Início de 2008, com a formação que permanece até hoje, ganharam o 1º lugar no Link Fest. A banda conta com Sander na gaita e voz, Rafael [Jedi] nos ritmos populares e voz, Mateus Moisés e Vinicius [Zeus] nas guitarras, Rodrigo [Senna] no baixo e Macuby na bateria.
Como toda banda independente, divulgam suas músicas através da internet.
Segundo o guitarrista Mateus, infelizmente, as bandas de rock da baixada santista uniram seus estilos. “É por isso que não surgiu nada de novo. Os sons estão cada vez mais próximos. Hoje, tudo é uma cópia do que, um dia, já existiu. Por isso, só se destaca quem ousa pelo diferente!”, afirma.

Confira o som dos caras!

PUREVOLUME
FLICKR
FOTOLOG
VIDEOS
COMUNIDADE

É isso.
A After Midnight não é só mais uma banda.
É uma banda que não tem medo de ousar e produz aquilo que os agradam, não aquilo que a mídia "pede".

Se gostou, comenta!
Se não curtiu... o espaço está aberto para críticas, sugestões, inquietações :D

Bruna Rossifini

segunda-feira, 5 de maio de 2008

A música industrializada. Priorizar a arte é possível?

Trabalho, trabalho e mais trabalho, essa é a palavra que define o século XXI, uma era marcada por exigências que nos obriga a rever nossas prioridades. Primeiro o dever, depois o lazer. Até onde vale a pena submetermos nossa capacidade de criar o novo ao poder capitalista?

Uma visão lógica para isso, para os que apreciam a arte – no que se refere à música – seria a de se criar um mercado cuja função fosse propagar a essência da música. Ela então passou a ser produto de consumo. Hoje podemos selecionar músicas que traduzem nossas idéias. Mas a música – pura e simplesmente – não desperta idéias?

Creio que aqui esbarramos num ponto muito importante: A industrialização da música.

O ser humano sempre foi capaz de traduzir suas histórias por meio da música, gradativamente ele foi descobrindo isso, e então desenvolveu n formas de expor sua visão de mundo através de palavras incorporadas à música que possuem uma íntima conexão com seu inconsciente que podem ou não estar associada à vida do outro.

O rock também tem história e conta histórias, e não fugiu a regra... industrializou-se.

Bandas independentes vendem ideologias por força do capitalismo. É possível uma arte pela arte?

Conte sua história!


Thiago Fernandes