quinta-feira, 21 de agosto de 2008

ViaRock


Saudações galera do OutRock!

Voltando à ativa dos posts semanais, hoje trago uma banda de pop rock santista – Via Rock. A banda teve início em 2000, quando Daniel Dias (voz/violão) tocava em uma banda de heavy metal. A banda acabou, mas a vontade de tocar não. Daniel quis continuar a fazer seu som só que, dessa vez, em outro estilo. Estilo esse que atingisse um número maior de pessoas e com uma proposta musical mais comercial. Começaram com dois músicos, depois um trio, até que se tornou a banda ViaRock.

No início, como qualquer banda independente, foi muito complicado. Porém, com a mudança de estilo, a ViaRock atingiu um número maior de pessoas e, perceberam então, que a galera curtia mais e estavam sempre presentes nos shows. A vibe não podia ser melhor.

Lugar pra tocar. Problema que atinge todas as bandas, principalmente as independentes. “A gente tocava e, às vezes, não recebia nada. Foi bem complicado e difícil no começo, mas valeu o sacrifício!”, afirmou Daniel Dias, vocal da ViaRock.

Nesses oito anos de estrada, a ViaRock já tocou em São Paulo e em algumas cidades do interior, como Piedade, Avaré e até mesmo no Rio de Janeiro.

Já produziram vídeo-clipes, exibidos na MTV, Band TV e principais programas regionais. A banda participou da coletânea "Seleção Brasileira", envolvendo os nomes de maior projeção da música santista, realizado pela Band Vale Litoral, emissora da rede Band TV e 98 Rádio Rock, e consolidou-se como uma das principais bandas da noite santista.

Formada por Daniel Dias, voz/violão; Percy Castanho, guitarras/vocais; Raphael Borges, teclados; Rafael Costa, bateria/percussão; Rodrigo Girão, Contra-Baixo/vocais; possui um repertório de mais de cento e cinqüenta músicas, permitindo à banda adequar suas apresentações de acordo com a expectativa do público em um show produzido com os maiores clássicos do Rock, Pop e MPB de todos os tempos em versões exclusivas, mesclando com seu trabalho próprio. A ViaRock já tem dois CD´s gravados e estão gravando o terceiro. Segundo Daniel, não é fácil lançar CD com a grana do próprio bolso. “A nossa sorte é que no primeiro e no 3º CD tivemos uma ajuda; no segundo, foi tudo do nosso bolso”, comentou Daniel.

Com relação aos fãs, a interação não podia ser melhor, pois todos que os acompanham, acabam se tornando amigos de toda a banda.

Dos cinco integrantes, apenas dois trabalham em outro segmento. Os três restantes vivem de música.


Segundo Rodrigo Girão, baixista da ViaRock, a maior dificuldade de se viver de música é a paura de não saber se amanhã você terá lugar pra tocar.
“Mas eu acho isso um grande barato porque me da mais motivação pra estudar e querer vir ser o melhor...
Todos temos sonhos e o meu, assim como de muitos, é ser reconhecido pelo meu trabalho e ter uma banda respeitada na mídia”, afirma Rodrigo.

Agenda
Sexta: Central City
Sábado: Uptown, e a cada 15 dias no Mar e Bar, em São Vicente
Domingo: Bar do Torto.
Para saber mais, acesse:

Site
Tramavirtual


Agora é com vocês!
Escutem o som dos caras e fiquem à vontade pra comentar.. o espaço está reservado para isso!


Bruna Rossifini

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

McFly


As férias acabaram e, assim, voltamos à ativa com o OutRock. Agora com uma formação um pouquinho diferente. Eu, Mariana, vou ocupar o lugar que antes pertencia ao nosso querido Thiago Fernandes que, junto com a Bruna, teve essa idéia maravilhosa de divulgar bandas independentes. Bati um papo com a Bruna e decidimos que o meu primeiro post seria sobre uma banda que está um pouco além das areias de Santos e, mais ainda, além do território brasileiro.

Antes de começar, aperte o play:

Mcfly - One For The Radio



Essa banda começou de uma forma um tanto quando diferente (será?). Metade começou pelas mãos de
Thomas Michael Fletcher, atual vocalista e guitarrista, que não foi aceito na extinta banda Busted. Começou então a trabalhar com filmagens de testes da agência e também passou a compor música com o vocalista da banda em que não fora aceito. Tempos depois, a outra metade ficou por conta de Daniel Alan David Jones, que queria cantar rock, fez o teste para a banda V., mas também não conseguiu. Acabou sendo convidado por Tom para compor algumas músicas. Começou aí a surgir um dos maiores sucessos da Inglaterra. Depois de cantarem para os executivos da Universal e darem a idéia de montar uma nova banda, fizeram testes para encontrar um baterista e um baixista. Harry Mark Christopher Judd foi o terceiro a entrar para o grupo, ocupando a bateria, e Dougie Lee Poynter, o mais novo de todos, ficou com a última vaga. Estava formada, então, o fenômeno inglês: McFly.

Com o nome inspirado no personagem de Michel J. Fox, Marty McFly, em De Volta Para o Futuro, Tom Fletcher, Danny Jones, Dougie Poynter e Harry Judd já fizeram incontáveis shows, ganharam vários prêmios e 7 de seus 15 singles ficaram em 1º lugar nas rádios inglesas. O "boom" da carreira dos meninos veio junto com o filme Sorte no Amor, da atriz Lindsay Lohan, onde eles interpretam eles mesmos.

Mas, o que eles têm em comum com as bandas independentes? Bom, depois de quatro anos, McFly abandonou a Island Records (Universal aqui no Brasil) e resolveu caminhar com as próprias pernas. Fundaram a Super Records, cujo lema é "Salvando o mundo uma música por vez" (Saving the world one song at time), e passaram semanas longe de casa e de todos pra montar o que, segundo eles, é o melhor álbum da carreira. Radio:ACTIVE (os anteriores foram Room on The 3rd Floor, Wonderland e Motion in The Ocean, além da trilha sonora do filme Just My Lucky e um All The Greatest Hits com as melhores músicas), quarto álbum da banda, foi gravado na Austrália e será oficialmente lançado no dia 22 de setembro desse ano.

Sobre a nova gravadora, o vocalista Tom deu, em recente entrevista, uma explicação:

“Dougie (foto) tinha apenas 15 anos quando começamos e eu fiz 23 mês passado, então neste sentido nós crescemos, mas na verdade não é porque estamos crescendo, é mais por querer ter mais controle sobre as coisas. Essa é uma outra razão pela qual deixamos a nossa gravadora. Parecia que estávamos andando pelo mesmo velho círculo. Era fácil para eles apenas vender a gente e ganhar dinheiro, enquanto nós sentíamos que não tínhamos atingido totalmente o nosso potencial. Eu acho que nossa gravadora antiga queria que nós crescêssemos mais e nós não nos sentíamos confortáveis fazendo isso. Nós queríamos apenas prosseguir fazendo grandes músicas e sendo engraçados e energéticos. Nós não queríamos nos tornar todos sérios e deprimidos.”


Mesmo que o número ainda seja pequeno, os meninos têm alguns fãs no Brasil que, depois de muito pedir, finalmente conseguiram shows em território nacional. O McFly fará três apresentações:

8 de outubro - Curitiba
9 de outubro - São Paulo
10 de outubro - Rio de Janeiro

E no dia 12 de outubro estarão no programa Domingão do Faustão, exibido na Rede Globo.

Para saber mais sobre a banda e ouvir algumas músicas, acessem:

MySpace
Site Oficial

Depois falem para nós o que acharam desses quatro que estão conquistando o mundo!

Até a próxima...

Mariana Pereira



Harry, Danny, Dougie e Tom

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Dawat


A princípio uma banda de ROCK, que integra estilos, sons e novas referências em suas músicas. Assim é que encontraram a sua identidade musical; uma mistura de rock com o RaggaCore ou YardCore; o estilo que define o novo direcionamento. Essa idéia surgiu em 2004 e se mantém até hoje.

Em 2007, após uma pausa nos shows e da presença constante para o público, decidiram que buscariam novos sons e um novo direcionamento em suas composições. E então, 2008 veio com tudo! Estão lançando o EP OriginalRaggaCoreCrazyStyle - nome um tanto quanto longo mas que expressa toda a vibe da banda que busca, mais uma vez e juntamente com o público, reconhecimento para esse novo momento.

O lance independente é primordial na divulgação. Divulgaram suas músicas nas rádios online do Brasil, utilizam do Orkut, Myspace, Palcomp3, entre outros para espalhar o som e, com isso, o reconhecimento do público foi imediato. Tiveram, só em março deste ano, 3.000 acessos pela net.

A banda conta com Bicudo no vocal, Marcel e Eduardo nas guitarras, Ely no baixo e estão em busca de um baterista! Alguém se candidata? Entre em contato com os caras!

Nos próximos meses, eles pretendem lançar um clip e definir as datas de shows.

A primeira música que fez sucesso e que é tocada até hoje se chama Paz.
Acesse e confira!

Site
MySpace
Palcomp3
Fotos

Gostou do estilo? Dê sua opinião!
Já sabe, o espaço está reservado para isso!

Bruna Rossifini

quinta-feira, 5 de junho de 2008

ODUM

Saudações galera!

Hoje, trago algo diferente. Não citarei uma banda de rock independente da Baixada Santista, e sim de Los Angeles. Tá, agora vocês me perguntam: O que essa banda tem a ver com o blog, já que este é direcionado apenas a bandas da região? Simplesmente pelo fato da banda contar com dois integrantes santistas! Isso mesmo, dois caras que saíram de Santos pra mostrar o seu talento ao mundo! Roberto Zeinum e Gustavo Conde, vocais/guitarras e batera, respectivamente.

Banda ODUM, de gênero metal, formada em Los Angeles no ano de 2005, possui uma sonoridade marcante que mistura tribal e death metal. Entre as principais influências do grupo estão às bandas Sepultura, Machine Head e Soulfly. Dentre suas apresentações, destaca-se um show realizado no famoso B.B. King's Blues Club (Universal Studios – Hollywood). A banda permaneceu unida até o início de maio de 2006, quando o então guitarrista Diego Verduzco foi convidado para ingressar no Ill Niño.

Após algumas mudanças, o Odum confirmou sua separação em 2007. Um ano depois, novamente em estúdio, o grupo está de volta e aguarda apenas o fechamento de seu line-up para cair na estrada e, em breve, lançar o segundo EP independente.
"Deixaremos todos informados", avisa Rob, que saiu de Santos e reside a seis anos em Santa Mônica, na Califórnia. Segundo o assessor de imprensa da banda, Guilherme Zeinum, ele não esconde a saudade que sente dos familiares e amigos, nem como das raízes brasileiras. "O fato de divulgarmos nosso som até chegar ao conhecimento do público externo, em especial no Brasil, já é muito gratificante. Então só temos de agradecer pelo apoio e continuar trabalhando duro para receber o respeito de todos. Quem sabe, um dia, tocaremos no Brasil", acredita o vocalista.

É isso. Assim como Roberto e Gustavo que saíram de Santos com determinação e força de vontade na bagagem em busca de seus objetivos, qualquer um pode conseguir. Se você tem um sonho, acredite! Mostre que é capaz e pé na estrada!

Para saber mais, acesse:

MySpace


Antiga formação do Odum tocando ao vivo no show realizado no famoso B.B. King's Blues Club (Universal Studios - Hollywood)



Bruna Rossifini

domingo, 18 de maio de 2008

Podcasting

Saudações galera do Outrock!

Hoje trazemos nosso primeiro Podcast! Nele, mostramos um pouco do som de duas bandas que fazem seu som independente por aí! A primeira, banda carioca Opallas e a segunda a banda paulistana Ventura! Além disso, batemos um papo irado com o guitarrista da maior banda de rock independente do Brasil! Curiosos para saber quem é o "tal guitarrista"? Confira nosso podcast!

Mas, para deixar vocês curiosos e com aquela vontade de escutar, adiantamos alguns assuntos!

Na conversa, ele nos fala um pouco da sua banda que já tá na estrada há 22 anos, além de dar aquele toque na galera que quer trilhar pelo caminho da independência.

O que é ser uma banda independente? É possível seguir esse caminho? Quais as dicas? Essas são alguma das perguntas! Confira nosso podcast e ouça as sábias palavras de quem tem chão!


Bruna Rossifini e Thiago Fernandes

terça-feira, 13 de maio de 2008

After Midnight

A banda cubatense - After Midnight - surgiu no início de 2005 quando, alguns dos atuais integrantes, se reuniam nas ruas do bairro do Casqueiro para fazer um som tanto quanto inusitado. Tudo aquilo que produzia algum tipo de sonoridade era considerado instrumento! Além do violão, capinha de CD, canetas e outros utensílios faziam parte da “banda”. O som que produziam era bem parecido com o punk rock e, na brincadeira, começaram a surgir as primeiras músicas. As histórias, os cachorros que passavam na rua, mendigos, e as bobagens ditas, acabavam por entrar nas letras.

A galera curtia, dava risada... Afinal, era pura palhaçada!
Não é em todo lugar que se escutava um bom som, seguido de letras engraçadas e de paródias bem feitas.

Depois de muita ‘zoeira’, resolveram levar a brincadeira a sério. Formaram a banda. Logo no meio de 2005 fizeram dois shows. O primeiro, um sucesso! O segundo... uma tragédia. Resultado? Deram um tempo.

Início de 2006. A banda se reestruturou, entraram novos integrantes e seguiram na luta. Como alguns dos músicos faziam teatro ou trabalhavam com arte, resolveram unir o útil ao agradável e, principalmente, ousar pelo novo: criaram uma nova forma de rock, uma mistura de todas as artes numa coisa só.

O lance da mudança surgiu porque, essa nova maneira de fazer música, agradava a todos. Resultou em uma identidade sonora para a banda. Assim, dão uma maior ênfase nas letras e, quem escuta, para pra refletir! E, no instrumental, a miscelênea é uma marca registrada!

"Talvez fôssemos uma brincadeira, um disfarce!
Como todo prelúdio era pobre e assustador.
A busca por diversão, os corações inquietos e ainda inocentes.

E num piscar de olhos nos tornamos o que somos: nada.
Talvez sejamos um brilho de esperança ingênua,
ou um retrato puro da estagnação cultural.
Caminhamos a esmo, sob o sol de um Brasil sem dono,
na Baixada Santista, onde nada acontece.
A cada show encerrado nossa dor, entre a crítica
pura e a banalidade delirante.
Alimentando o ódio de quem ama o novo
e de quem ama o velho.
Fazendo agonizar quem não aceita o
transitório, quem não aceita a tentativa de arte
ou de revolução nem a reafirmação do
que e tradicionalmente original.
Longe do automatismo da musica POP,
distante da pretensão demasiada
da musica 'Cult', alcançando limites e abrindo horizontes,
inteiro e incompleto, absurdo e óbvio...
Se tudo por ilusão, que não seja em vão...
O julgamento é todo seu!" After Midnight

O show é uma verdadeira apresentação artística. É uma peça teatral com começo, meio e fim. Além do mais, eles mantêm uma proposta cultural que atinge todas as faixas etárias.

Após a mudança de estilo, a banda se firmou e começaram a tocar novamente. Em Cubatão, dividiram o palco com Dance of Days e, em São Paulo, com Cueio Limão. No final de 2006 gravaram a primeira demo e não pararam mais. Atualmente, contam com 7 músicas gravadas. Nos shows, diferentes das outras bandas independentes, só tocam músicas próprias.

Início de 2008, com a formação que permanece até hoje, ganharam o 1º lugar no Link Fest. A banda conta com Sander na gaita e voz, Rafael [Jedi] nos ritmos populares e voz, Mateus Moisés e Vinicius [Zeus] nas guitarras, Rodrigo [Senna] no baixo e Macuby na bateria.
Como toda banda independente, divulgam suas músicas através da internet.
Segundo o guitarrista Mateus, infelizmente, as bandas de rock da baixada santista uniram seus estilos. “É por isso que não surgiu nada de novo. Os sons estão cada vez mais próximos. Hoje, tudo é uma cópia do que, um dia, já existiu. Por isso, só se destaca quem ousa pelo diferente!”, afirma.

Confira o som dos caras!

PUREVOLUME
FLICKR
FOTOLOG
VIDEOS
COMUNIDADE

É isso.
A After Midnight não é só mais uma banda.
É uma banda que não tem medo de ousar e produz aquilo que os agradam, não aquilo que a mídia "pede".

Se gostou, comenta!
Se não curtiu... o espaço está aberto para críticas, sugestões, inquietações :D

Bruna Rossifini

segunda-feira, 5 de maio de 2008

A música industrializada. Priorizar a arte é possível?

Trabalho, trabalho e mais trabalho, essa é a palavra que define o século XXI, uma era marcada por exigências que nos obriga a rever nossas prioridades. Primeiro o dever, depois o lazer. Até onde vale a pena submetermos nossa capacidade de criar o novo ao poder capitalista?

Uma visão lógica para isso, para os que apreciam a arte – no que se refere à música – seria a de se criar um mercado cuja função fosse propagar a essência da música. Ela então passou a ser produto de consumo. Hoje podemos selecionar músicas que traduzem nossas idéias. Mas a música – pura e simplesmente – não desperta idéias?

Creio que aqui esbarramos num ponto muito importante: A industrialização da música.

O ser humano sempre foi capaz de traduzir suas histórias por meio da música, gradativamente ele foi descobrindo isso, e então desenvolveu n formas de expor sua visão de mundo através de palavras incorporadas à música que possuem uma íntima conexão com seu inconsciente que podem ou não estar associada à vida do outro.

O rock também tem história e conta histórias, e não fugiu a regra... industrializou-se.

Bandas independentes vendem ideologias por força do capitalismo. É possível uma arte pela arte?

Conte sua história!


Thiago Fernandes