segunda-feira, 5 de maio de 2008

A música industrializada. Priorizar a arte é possível?

Trabalho, trabalho e mais trabalho, essa é a palavra que define o século XXI, uma era marcada por exigências que nos obriga a rever nossas prioridades. Primeiro o dever, depois o lazer. Até onde vale a pena submetermos nossa capacidade de criar o novo ao poder capitalista?

Uma visão lógica para isso, para os que apreciam a arte – no que se refere à música – seria a de se criar um mercado cuja função fosse propagar a essência da música. Ela então passou a ser produto de consumo. Hoje podemos selecionar músicas que traduzem nossas idéias. Mas a música – pura e simplesmente – não desperta idéias?

Creio que aqui esbarramos num ponto muito importante: A industrialização da música.

O ser humano sempre foi capaz de traduzir suas histórias por meio da música, gradativamente ele foi descobrindo isso, e então desenvolveu n formas de expor sua visão de mundo através de palavras incorporadas à música que possuem uma íntima conexão com seu inconsciente que podem ou não estar associada à vida do outro.

O rock também tem história e conta histórias, e não fugiu a regra... industrializou-se.

Bandas independentes vendem ideologias por força do capitalismo. É possível uma arte pela arte?

Conte sua história!


Thiago Fernandes

7 comentários:

Madger disse...

tá aí algo que não concordo... Acho que é esse o motivo de fugir das bandas atuais, é simples seguem fórmulas básicas, quer ver? um riff grudento logo de cara (vide sweet child o mine), uma letra melosa (vide a maioria dos hardrocks e boa parte da música atual de "baladenhas"), e um solo que parece ser MUITO elaborado, mas que no fim das contas tem um cara com uma mesa de som ou um Dj consertando as coisas (vide linkkin park, e boa parte das bandas de hoje, especialmente as mais pops)... Tanto que bem, quem conhece meu orkut dali vai conhecer pouca coisa, godspeed you! black emperor, summoning, wolves in throne room, after crying, anglagard, sleepytime gorilla museum... Embora tenha coisas como Oasis e Queen, mas nada que caia muito nesse pretexto industrial, acho que existem estilos e estilos, mas as bandas que sempre caem nessa indústria da música, vc pode ver que sempre tão na mão de uma grande gravadora lançando a mesma bosta sempre e fazendo sucesso por 1 ou 2 discos, e depois sumindo, ou um dia se irritam e tacam o foda-se como os Los Hermanos, primeiro disco quase qualquer um saca que aquilo foi feito nessas regrinhas, já o segundo onde todos criticaram pelo "suicídio comercial" deles, foi onde no meu ver cativaram as pessoas, não acho que vc precise cair na ondinha do momento pra estourar, é questão de tempo vc estourar caso faça algo coeso, bem feito, pode demorar, como pode não demorar, mas quando estourar pode ser que apareça por aí um novo radiohead (e seus vários suicidios comerciais ahahahah (diga-se de passagem amnesiac e kid a que eu AMO)), ou algo tão bom quanto... Tudo que é industrializado fica chatão com o tempo, como já cantava pink floyd em another brick in the wall, não é isso que eu quero para qualquer gênero musical, mais um bloquinho no muro....
beeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeijo borona =]

Dani disse...

A indústria faz as músicas terem quase sempre o mesmo tema. As bandas independentes tentam mudar um pouco isso, correndo o risco de não vender muito... pelo menos tentam não seguir modinhas e é isso que desperta interesse maior nas pessoas. =]

Anônimo disse...

Interessante o post!
realmente a musica se industrializou por vários motivos. Mesmo tendo a maioria dessas bandas um cocô, tem algumas q até se salvam viu. É o caso de Vanguart, pelo menos eu curto o folk deles... XD

flws!

Mauden disse...

eu concordo em parte, ainda tem bandas que fazem as coisas por gostar da musica, gostar do som... mais realmente a musica virou outra forma de mercado, agente percebe pela falta de originalidade das bandas que estão surgindo na nossa epoca, a musica virou uma industria, mais um meio pra induzir as pessoas ao consumismo e a ter ideias bitoladas.

Anônimo disse...

Ui, que arrepio esse post me deu!
Mas, como assim? O "outrock" não é uma fuga de toda essa indústria? Bandas independentes não tem como prioridade não vender com o símbolo da EMI?
Mas, auto lá, sempre vão existir artistar do contra (ufa).
É, a arte sempre sobre pressão.
Beijo, Thiago!

Madger disse...

aliás... nem toda banda independente não produz música industrializada... independente é o termo usado pra banda que tá começando, que faz tudo por ela... o que de certa forma é um termo bem temporário para a banda, caso ela consiga um selo, embora existam as excessões de bandas que são independentes por querer controlar sua carreira da forma que acham melhor... Exemplo bão aí é o cpm... antes na época de independentes dizem que o som era mais pesado e diferente, agora que tem um selo... mais uma banda modinha chata...

Feo521 disse...

Mas perae,,,tua ideia eh muito radical...mas levando a fundo tudo eh relativo...naum adianta fugir da ideia q somos oq consumimos e q o mundo soh se importa com os seus interesess...apenas gostamos doq somos e apoiamos os idealizados q mais se encaixao com agente,,,e lembrando da frase do Renato Russo somos os filhos da Revoluçao!Geraçao Coca-Cola....Naum somos a revoluçao....q chato a vdd.XD