quinta-feira, 3 de abril de 2008

Rótulos

Ser diferente é ser tudo aquilo que você não é e gostar de tudo aquilo que você não gosta. Para mim esse é um dos inúmeros argumentos que existem para justificar a rotulação, ou talvez seja o único.
Mas o que é essa tal de rotulação?
Rotular é se valer de critérios estipulados pela Indústria Cultural que moldam o ser humano fazendo com que esse acredite estar se constituindo como um ser autêntico no mundo. Será mesmo?
Recordo-me das aulas de Teoria da Comunicação do ano passado em que nos foi pedido para que dissertássemos sobre sermos e ao mesmo tempo não sermos produto dela... creio que isso se encaixe perfeitamente no que aqui escrevo. Acredito que somos donos da nossa própria fábrica e nos compomos através do que essa indústria nos oferta, em outras palavras, estamos num beco sem saída. Ela “propaga cultura” de uma maneira tão avassaladora que praticamente aniquila o sujeito em sua essência.
Então seríamos seres pseudo-autênticos? Temos que acreditar que o ser humano possui autonomia intelectual para formular suas próprias teorias acerca do assunto.
Essa semana, enquanto navegava pela Internet, encontrei um texto que explica ou pelo menos trata muito bem do Rock’n’roll, falo da História do Rock por Simone Paula Marques Tinti. Aos que querem entender melhor o fenômeno, recomendo a leitura.
Provavelmente nunca chegaremos num denominador comum com relação à rotulação, mas uma coisa é certa, uma nova história está sendo escrita. Então sob qual critério devemos classificar independente?

Jesse "The Devil" Hughes, líder do Eagles of Death Metal, promessa do novo rock.

Thiago Fernandes

4 comentários:

Madger disse...

na verdade eu não costumo rotular pessoas, pq é bem complicado, tanto que eu tentando me rotular sai algo meio bizarro por ser feito apenas de opostos e extremos, enfim... Musicalmente eu acho que é um pouco diferente embora eu ache que rotularuma banda é mais pra agregar ela em um grupo exemplo, existe a cerveja certo? Mas qual dos grupos é a melhor? brahma, skoll, bohemia, etc... Enfim é mais ou menos assim, pra quem bebe cerveja sabe que uma brahma não é igual uma skoll e uma bohemia é diferente das outras também, agora quem nunca bebeu, provavelmente nem vai notar diferença entre elas e se elas estão quente, acho que musicalmente funciona mais ou menos assim, um exemplo clássico disso, o que muda de um trash metal, black metal, death metal, gore metal e splatter metal? se você ouvir provavelmente vai reconhecer, um ritmo bem rápido que é normal desse gêneros, e um cara mtas vezes cantando de forma bem arranhada e/ou gutural... Então eu acho que a rotulação acaba só sendo válida pra quem já tem mais ou menos uma noção do que vai ser rotulado, por isso é dificil rotular pessoas, e talvez até culturas por que você nunca sabe ao fundo como elas podem ser, cada uma é diferente da outra e muito dificilmente se repete, aliás nem se repete, acaba apenas sendo meio similar de forma beeeeem desfocada e grossa...
Bão eu acho que é isso =]
beeeeeeeeeeeeeeeeeeijo dona borooooona
flw o/ ~

Maay disse...

muito legalz o bloooog /o/

Anônimo disse...

adoreeeeeei o post, Thiago!
rotular está tão demodé...
as pessoas tem que aprender a viver suas próprias vidas e parar de julgar as outras pessoas.
beeeeijos.

Mariana Pereira disse...

Nhaaaa... rótulo é uma coisa complicada. A gente rotula por costume e não por "costume", coisa que erramos muito.
Adorei o texto. :D
O blog de vocês é muuuito legal!

:*